sexta-feira, 24 de abril de 2015

Quietude















Acabei de assistir Para Sempre Alice e foi impossível não parar e refletir. É um filme muito tocante. Mostra como somos frágeis. A qualquer momento tudo pode virar de cabeça para baixo. E vira. E precisamos nos adaptar. Aceitar. Continuar vivendo. 


Sempre penso que damos muita atenção para coisas tão banais. Prometo a mim mesma dar importância ao que vivemos no dia a dia. Só que é tão mais fácil lidar com o banal. Porém, no final do dia, quando deitamos... é aí que o bicho pega. Inevitavelmente encaramos nossos problemas e monstros de frente.

Viramos de um lado para o outro. Tentamos escapar. E quando cedemos e encaramos de fato o que é necessário, se torna libertador e não mais torturante. É difícil. Mas, a gente consegue. Daí em diante, percebe-se que o mais importante é o agora, são os laços que criamos, são as memórias, a família, os amigos verdadeiros.

Quem liga para o que o fulano ou a fulana disse nas redes sociais. No fim, o que queremos é falar e ouvir eu te amo da mãe, do pai, do irmão, da irmã, da vó, do vô, dos tios e tias, amigos e amores que encontramos pela vida. Pena que muitas vezes percebemos esses detalhes quando algo ruim acontece. Por que? Por que não desacelerar um pouco?

Aquelas inúmeras conversas com a minha avó, aqueles inúmeros churrascos com meus pais e meus irmãos, aquela história dos meus descendentes contada pelo meu avô, aquele almoço de domingo para ver o bisavô, as inúmeras risadas que já dei junto aos meus amigos. ISSO é importante. ISSO faz de mim quem sou. Assim como todas as memórias que cada um tem. Tudo isso resulta na nossa essência.

O que posso reiterar: nossa única certeza é o agora. O amanhã pode virar toda a vida de cabeça para baixo. Que possamos aos poucos melhorar e dar o verdadeiro valor as relações criadas. Pode parecer clichê, mas são as pequenas coisas que importam e nos fazem sorrir ao lembrar. Então, vamos nos agarrar no AGORA e viver esses pequenos momentos da melhor forma possível. Para que no final do dia, ao deitarmos, possamos achar nossa quietude!




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